A história da vitivinicultura argentina começou na época colonial, pois o cultivo da videira fazia parte das práticas agrícolas dos colonos espanhóis. As primeiras espécies de vitis vinifera chegaram em meados do século 16 ao Peru, de lá foram levadas ao Chile e depois introduzidas na Argentina, onde seu cultivo foi estimulado pelo consumo de vinho e uvas passas e também porque os missionários católicos produziam a bebida para celebrar a Santa Missa.
No final do século 19, a indústria vinícola do país sofreu a primeira grande transformação com a criação da Escola de Agricultura da Argentina e com as novas leis sobre a divisão e utilização da terra e da água. Estas permitiram o crescimento da colonização e a chegada de imigrantes europeus, familiarizados com as técnicas de vinificação e cultivo de variedades apropriadas para vinhos finos, levou a inovações nas práticas enológicas utilizadas até então.
Essa indústria cresceu e o consumo interno também, chegando a quase 80 litros por ano no final dos anos 1970, mas o vinho produzido era muito rústico e de baixa qualidade.
Nessa época, outra grande mudança do vinho argentino começou com o produtor Nicolás Catena e sua equipe. De tradicional família vitivinicultora, Catena foi para os Estados Unidos e se encantou com o trabalho do produtor Robert Mondavi, que implementou importantes mudanças nos vinhedos da Califórnia. Ele voltou para a Argentina em meados da década de 1980, certo de poder produzir vinhos com qualidade internacional.
Eram dados, assim, os primeiros passos da moderna vitivinicultura no país. Foram introduzidas uvas como Malbec, Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Merlot e Shiraz, no lugar das comuns Criolla Grande, Criolla Chica e Cereza; técnicas de irrigação foram implementadas; investiu-se em tecnologia para o processo de vinificação e em barris de carvalho para o envelhecimento do vinho...
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